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Turismo afetivo: Brasileiros querem criar memórias mais do que comprar souvenirs

  • Foto do escritor: @paespelomundo
    @paespelomundo
  • 7 de jul.
  • 3 min de leitura

Pesquisa da Imaginadora revela que, para o viajante brasileiro, o que realmente vale na viagem são as histórias vividas — não os objetos levados para casa


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Mais do que checklists de atrações, fotos perfeitas ou lembrancinhas de loja, o que move o brasileiro na hora de viajar é a vontade de viver experiências que fiquem na memória. É o que revela o estudo “Um Novo Jeito de Viajar”, realizado pela Imaginadora, que mostra um dado contundente: para 65,9% dos brasileiros, o principal valor das viagens em grupo é criar momentos especiais com pessoas queridas.



O levantamento indica que, para o viajante brasileiro contemporâneo, viajar não é sobre acúmulo de coisas, mas sobre acúmulo de vivências. As escolhas de destinos, roteiros e atividades são guiadas menos pelo desejo de consumir e mais pela busca por conexão — com os outros, com o lugar e com a própria história.



“O que o viajante leva da viagem não cabe na mala. Cabe na memória, nos vínculos, nas histórias que ele vai contar depois”, afirma Ana Donato, sócia-diretora da Imaginadora.


Afeto é o novo roteiro



Esse desejo de viver experiências afetivas se reflete em todos os aspectos da viagem. 59,1% dos brasileiros costumam viajar com familiares, enquanto 48,3% escolhem viajar com parceiros(as) e 21,2% com amigos. Apenas 17,3% costumam viajar sozinhos.



As experiências mais valorizadas são aquelas que proporcionam conexão genuína:



Explorar novos lugares (78,2%)

Estar em contato com a natureza (58,7%)

Vivenciar a gastronomia local (62,4%)


O roteiro ideal, para muitos brasileiros, não está necessariamente em pontos turísticos icônicos, mas na construção de memórias afetivas: um almoço demorado com pessoas queridas, uma trilha que vira conversa, um pôr do sol que marca uma lembrança coletiva.



Do souvenir à memória: uma mudança de paradigma no turismo



A pesquisa mostra uma transformação importante no comportamento do consumidor de viagens. Se antes o souvenir representava o símbolo físico da viagem, hoje ele dá lugar a algo mais intangível — e mais valioso: a memória construída no percurso.




Esse movimento redefine não só o jeito de viajar, mas também como destinos, hotéis, operadoras e marcas do setor devem se posicionar. Oferecer roteiros prontos, serviços ou produtos não basta. O viajante quer experiências que tenham significado, que sejam autênticas, que toquem emocionalmente.



Oportunidade para o mercado



Para o trade, entender esse novo olhar é uma oportunidade concreta. Mais do que vender hospedagens, passagens ou passeios, as empresas do setor que se conectam a essa lógica passam a oferecer experiências de vida.



Roteiros personalizados, atividades culturais, imersões gastronômicas, turismo de natureza, experiências sensoriais, encontros locais — tudo que favorece a criação de histórias compartilhadas ganha protagonismo na decisão de compra.


“O turismo afetivo não é uma tendência passageira. Ele reflete uma mudança cultural profunda sobre como as pessoas querem viver, consumir e se relacionar com o mundo. Quem entender isso, não só fideliza seus clientes, como cria experiências que ficam — de verdade — para sempre”, conclui Ana.

Sobre o estudo



“Um Novo Jeito de Viajar” é um levantamento realizado pela Imaginadora com o objetivo de mapear os novos hábitos, comportamentos e desejos dos brasileiros em relação às viagens e ao turismo, oferecendo inteligência de mercado para destinos, operadoras, parques, companhias aéreas e empresas do setor.



A pesquisa foi realizada online, por meio de um painel de respondentes, utilizando metodologia quantitativa. A aplicação foi feita através de um formulário que pôde ser respondido por celular, computador, tablet e outros dispositivos.


A coleta ocorreu entre 26 de março e 23 de abril de 2025, com homens e mulheres com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, que viajaram ao menos uma vez nos últimos 12 meses e/ou pretendem viajar nos próximos 12 meses, independentemente do meio de locomoção, destino, motivação ou valor da viagem.


O estudo contou com 1.086 participantes, representando viajantes de todas as regiões do Brasil.



Sobre a Imaginadora


Liderada por Marjori Schroeder e Ana Donato, a Imaginadora é uma agência de marketing para turismo, relações públicas e eventos com ampla experiência na promoção de destinos e marcas. Com 18 anos de atuação, desenvolve estratégias para governos, empresas e organizações do setor, fortalecendo a presença de destinos turísticos por meio de storytelling, parcerias, dados e ações direcionadas. A agência também conta com um núcleo de pesquisa dedicado a apoiar o trade com inteligência de mercado aplicada ao turismo.



Para saber mais, acesse imaginadora.com.br e nosso perfil no Instagram @imaginadora_brasil.

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